3.02.2008

Sexo e Amor, parte DCXIX and still counting up (outsourcing)

Nao sou uma pessoa autoobcecada, até leio blogs de outras pessoas e tudo.
ok, brincadeiras á parte, nao costumo andar a comentar a torto e a direito, e geralmente gosto de comentar pela positiva.

gostei muito deste post, do "Namorada Bélsbica"
http://anamoradales.blogspot.com/2008/01/lets-talk-about-sex-babie.html

fala de sexo, emocoes, da ligacao que as pessoas fazem entre o sexo que recebem (sim, o sexo que recebem, nao o sexo que partilham ou o amor que fazem), e a medida de qualidade da sua relacao. Fala da ligacao quase automática e obrigatória entre relacao e emotividade. Já falei aqui vezes suficientes disto, de como o sexo é uma cena fixe, mas como é overrated, principalmente numa relacao (ou relacoes). Na verdade o sexo atrapalha bastante.

Deixo vos o comentário que lá deixei (já um pouco trabalhado entretanto, que fiquei com comichao no cérebro entretanto depois de ler a coisa).

O Unabomber, "terrorista" americano para uns, visionário para outros, mas sempre com um pé e um olho para além dos tempos modernos (seu manifesto aqui), disse certa vez uma cena que me deixou estarrecida (cito de cor, talvez nao seja tao lapidar como na frase original) :

"A partir do momento que uma coisa é possivel/fazível, torna se em pouco tempo obrigatória".

Isto foi dito num contexto económico-politico. Algo como isso ser válido por exemplo para o transporte de pessoas. concretisando o exemplo, a partir do momento que o comboio permitiu que pessoas pudessem trabalhar longe do seu local de residencia, tornou-se "expectável" que as pessoas tivessem essa flexibilidade, e em pouco tempo essa expectativa tornou se tao comum que essa flexibilidade tornou se quase obrigatória.

Com o sexo tem sido a mesma coisa. com o que chamam a segunda onda de feminismo dos anos 60 (eu chamo-lhe principio de segunda onda, porque ainda nao vi a onda rebentar de facto, está ainda quase tudo por concretisar), o sexo comecou a entrar na ordem do dia e a ser desmisitificado, discutido, desconstruido e mesmo experimentado fora do que eram os moldes tradicionais. Mas ao mesmo tempo, sofreu tambem uma pressao mononormativante, ou seja, tornou se quase obrigatório ter sexo "fantástico, frequente (mas nao demasiado) regular, mas desregulado". quem nao tem, é esquisito, ou tem uma relacao que nao presta, ou nenhuma relacao de todo... A nossa sociedade, via outdoors, via revistas, via psicologos vendedores de banha da cobra, via tudo e mais alguma coisa alerta nos sempre que estamos a ter sexo a mais ou a menos ou da maneira errada.

Gostei muito deste post.. podia comentar mais, mas vou me ficar pelo sexo e pelas "obrigatoriedades".

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2 comments:

  1. na onda das frases ouvidas/lidas, esta ficou-me marcada. tb ja n sei se era bem assim mas basicamente dizia que "numa relaçao, quando tudo está bem o sexo conta 2%, mas conta 90% quando alguma coisa está mal".

    n deixa de ter uma certa razao, pelo menos comigo acontece..

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  2. ok...o sexo simplesmente conta :)

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