1.10.2010

Ménages à Trois: o livro

não chegarei ao exagero de proclamar como Rilke que o "amor ideal é a três". Embarquei recente e alegremente em mais uma historia a três. Sim, não é a primeira e espero que não vá ser a ultima. Nao vou começar a contar -vos como eu com cinismo empedernido já acho isto normal, mas sim precisamente o contrário, dizer vos como me continuo a maravilhar com a beleza frágil e improvável destas constelações. Trios não são particularmente robustos ou estáveis (falo-vos de trios, não de "V"s, e falo-vos de trios para alem da duração duma noite curta de verão, ou do que é apenas habitualmente tratado entre lençóis), e exigem, mesmo quando correm bem muita atenção, continência e cuidado. Estou grata a seja o que for que faz com que estes episódios que tanto aprecio continuem a acontecer, e sempre com grande intensidade, sinceridade e beleza. E adoro o Design for Living, que nos mostra que isto não é modernice.

Tenho mandado uns bitaites acerca de trios ao longo dos anos, porque sempre me marcaram pela sua intensidade e beleza e por os não tomar como coisa óbvia ou fácil. Quem quiser, estão no Our Laundry List (que a propósito, completa 5 anos de existência) sob a tag "trios" (http://laundrylst.blogspot.com/search/label/trios)

Tenho engatilhada uma série de artigos sobre trios, que espero finalmente me tirem do meu bloqueio literário, e que já agora me tornem rica e famosa, mas para começar deixo vos com um livro que não é propriamente profundo ou um poço de beleza e poesia, mas que é uma boa plataforma de embarque para os curiosos. Trata-se do livro "Three in Love: Ménages à Trois from Ancient to Modern Times" (Barbara Foster, Michael Foster and Letha Hadady). Os três autores, de backgrounds bastante diferentes e supostamente com conhecimento de causa acerca de trios, tentam construir uma história da Ménage à Trois desde a idade média até aos dias de hoje. Para os cuscos ou simplesmente curiosos, a lista de personagens históricas comprometidas em trios é espantosa.

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1 comment:

  1. Sim, tendo estado num desses, concordo plenamente com o que aqui dizes. É fantástico ver as sinergias que se podem criar, as dinâmicas totalmente diferentes. Não sei se conheces um texto do Georg Simmel sobre os números de intervenientes em contexto social, tem alguma piada relativa para aqui...

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